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quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Cantores que todos devem conhecer - MPB 4

Belos vocais

Na década de 70 no Brasil fizeram sucesso alguns grupos que trabalhavam vocais de uma forma bastante bonita. Bossas, sambas, rocks, ganhavam brilho com a harmonias das vozes suaves se combinando em contrapontos, trios, quartetos e quintetos às vezes com o mesmo tipo de voz.

Temos aqui alguns exemplos para isnpirar os novos cantores. Quando se canta em grupos ou mesmo em duetos, cada pessoa é um solista. É preciso cantar perfeitamente afinado e com técnica como se estivesse cantando sozinho. Mas o encanto de se cantar em conjunto é transformar as vozes em um instrumento mais complexo. Hora as vozes fazem uníssono, a mesma nota, encorpando o som. Hora se separam em fugas ou repetições bem simples, ou mesmo em melodias diferentes. Em todos esses momentos aparece a maestria de cada cantor, cada um tem que saber muito bem o que está fazendo. O que ocorre na música brasileira é que essas composições são escritas para uma voz apenas. Então os cantores precisam fazer arranjos para o conjunto de vozes. Se não se conhece teoria músical e não se é perfeito em afinação o trabalho fica impossível.

Com conhecimento técnico também se pode improvisar na voz da mesma forma que os instrumentistas fazem. Todos conhecem a música, conhecem a harmonia perfeitamente, então cada cantor sabe que tipo de arranjos pode fazer mantendo a afinação.

Um ponto importantíssimo que faz a diferença em canto em grupo, as vozes tem que funcionar como um único instrumento. Basta pensar nas cordas de um violão, há uma afinação fixa para as cordas, e todas tem a mesma intensidade de som. Quando se troca apenas uma corda o som do conjunto fica estranho. Em um grupo as vozes, apesar de diferentes por sua identidade, tem que se combinar perfeitamente. Quando se canta em grupo todos os cantores se preocupam em modular suas vozes para que soem bem juntas e nenhuma se sobressaia, assim todas as vozes são ouvidas e apreciadas. Um exemplo disso são as interpretações nos duetos Tetê Espindola e Ney Matogrosso, e de Sérgio Reis e Almir Sater, em que um dos cantores mudou seu estilo comum para encaixar-se na voz do outro.

Veja também: Nossa história musical Clube da esquina
http://www.museudapessoa.net/clube/index.htm









quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O que é contraponto?

Falei no post sobre Freddie Mercury e Queen que eles usavam muitos contrapontos no arranjos de vozes. Para quem não sabe o que é contraponto e ficou com medo de perguntar aqui vai uma explicação com exemplos.


Este texto foi traduzido da fonte citada à baixo.
Um passo se refere a distância de 1 ou meio tom; um salto é uma distância maior do que um tom.

Estudo de contraponto


Contraponto é um termo derivado do latim punctum contra punctus (nota contra nota). É uma música que combina duas ou mais melodias contrastantes; cada um dos quais é uma melodia individual quando tocada sozinha. Satisfatórios resultados são obtidos quando as melodias contrapontísticas se encaixam e se complementam. Apesar de ser uma técnica que exige bastante estudo por sua complexidade, apenas a técnica não garante um resultado impressionante. Compor em contraponto requer grande habilidade e percepção estética.



Os tipos de contraponto são chamados de espécies.
A ilustração abaixo mostra os intervalos utilizados em espécies de contraponto dentro de uma oitava. 




É importante notar que os intervalos são subdivididos em dois conjuntos: consonâncias (aqueles de som 'agradável') e dissonâncias. Consonâncias são subdivididas em: uníssono, quinta e oitava, que são chamados de consonâncias "perfeita";  sexta e terça, que são consideradas "imperfeitas".

Além da altura (vertical), diferenças expressas como intervalos, os músicos também descrevem o movimento horizontal de relação entre as notas. Estes podem ser resumidos da seguinte forma:

Movimento paralelo é quando duas ou mais partes sobem ou descem na mesma distância na mesma direção por salto ou passo. Abaixo está um exemplo:



O exemplo a cima é uma forma bastante específica de movimento similar (ou direto). Mas pode incluir um movimento de distancias diferentes em cada parte. A ilustração abaixo explicita essa distinção:



Movimento contrário é quando as partes se movem em passo ou salto em direções opostas. Isso é demonstrado abaixo:




Movimento obliquo é quando uma parte se move por salto ou passo enquanto a outra permanece estacionaria:



Bibliografia

Tollervey, N. H. (21 de Setembro de 2004). Species Counterpoint. Acesso em 16 de Setembro de 2009, disponível em ntoll.org: http://ntoll.org/article/species-counterpoint


Agora você pode apreciar melhor esta técnica de composição.
Você consegue identificar outras músicas ou bandas que usam contraponto em suas composições para vocal?

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