Especificamente, o córtex auditivo direito é especializado em determinar hierarquias das relações harmônicas e tons ricos enquanto o hemisfério auditivo esquerdo decifra relações entre sucessões de sons (o seqüenciamento de sons e percepção do ritmo). Nota-se que o córtex auditivo do lado direito do cérebro é especialmente vocacionada para analisar os sons altamente harmônico das vogais da língua. É muito interessante notar que o lado esquerdo do cérebro também está envolvido no seqüenciamento de palavras e idéias e é considerada a «sede» da linguagem. Na verdade, através de ressonância magnética, foi reconhecido que uma das áreas do cérebro usadas para decifrar a linguagem também podem "conter" a capacidade de conceber ouvido absoluto. Essa área, conhecida como o plano temporal não é utilizado apenas para decifrar ouvido absoluto (para aqueles com essa habilidade), mas também é maior nos indivíduos que têm ouvido absoluto. Curiosamente, anormalidade neste domínio se presume ser a causa da dislexia do desenvolvimento. A partir desta informação, pode-se inferir que a música e a linguagem pode ser decifrado e interpretado de formas semelhantes, bem como por estruturas cerebrais semelhantes. Isto pode explicar porque, em alguns experimentos, verificou-se que a exposição pré-natal de música produziu uma aceleração no desenvolvimento de comportamentos relacionados com a aquisição da linguagem (como o balbuciar). Por outro lado, o dano para as áreas do cérebro que envolvem a linguagem pode também prejudicar a interpretação musical, bem como os efeitos da música na cognição.(Sancar, 1999)Outra área importante no processamento da música é o hipocampo. Nesta área também se concentram atividades relacionadas as habilidades de memorização e aprendizado, bem como as ligadas a tempo e espaço. Animais expostos a Mozart conseguiram fazer percursos em labirintos mais rápido e com menos erros que os sem esse estímulo.
Foi comprovado casos de portadores de Alzheimer que tiveram a memória estimulada por determinados tipos de música. Assim como portadores de dificuldades motoras tiveram essas áreas estimuladas. Há também vários casos de epilepsia em que o paciente ouve internamente uma música específica precedendo o surto. Em casos de surdes progressiva o cérebro mantêm com mais afinco a memória músical, bombardeando o cérebro internamente com melodias que marcaram o paciente. Isso pode ser uma tentativa do corpo em preservar outras habilidades que precisam da audição para seu bom funcionamento.
Em casos de degeneração da memória e habilidades interpessoais a música parece prestar-se ao papel de autoafirmação e comunicação. Muitos pacientes incapazes de lembrar quem são as pessoas de sua família conseguem cantar ou tocar canções inteiras com a interpretação adequanda ao tema da composição.
A música pode ainda estimular a produção de endorfina, principalmente as músicas mais agitadas e dançantes. As endorfinas causam os seguintes estados:
• Melhoram a memória;
• Melhoram o estado de espírito (bom humor);
• Aumentam a resistência;
• Aumentam a disposição física e mental;
• Melhoram o nosso sistema imunológico;
• Bloqueiam as lesões dos vasos sanguíneos;
• Têm efeito antienvelhecimento, pois removem superóxidos;
• Aliviam as dores.
Bibliografia
Sacks, O. (2008). Musicophilia: Tales of Music and the Brain, Revised and Expanded Edition. Vintage .
Sancar, F. (1999). Music and the Brain: Processing and Responding (A General Overview). Retrieved Janeiro 10, 2010, from Serendip: http://serendip.brynmawr.edu/bb/neuro/neuro99/web1/Sancar.html
Silva, N. (2008, Março 07). O que é endorfina? Retrieved Janeiro 2010, 10, from Shvoong: http://pt.shvoong.com/medicine-and-health/1780323-que-%C3%A9-endorfina/
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