Belos vocais
Na década de 70 no Brasil fizeram sucesso alguns grupos que trabalhavam vocais de uma forma bastante bonita. Bossas, sambas, rocks, ganhavam brilho com a harmonias das vozes suaves se combinando em contrapontos, trios, quartetos e quintetos às vezes com o mesmo tipo de voz.
Temos aqui alguns exemplos para isnpirar os novos cantores. Quando se canta em grupos ou mesmo em duetos, cada pessoa é um solista. É preciso cantar perfeitamente afinado e com técnica como se estivesse cantando sozinho. Mas o encanto de se cantar em conjunto é transformar as vozes em um instrumento mais complexo. Hora as vozes fazem uníssono, a mesma nota, encorpando o som. Hora se separam em fugas ou repetições bem simples, ou mesmo em melodias diferentes. Em todos esses momentos aparece a maestria de cada cantor, cada um tem que saber muito bem o que está fazendo. O que ocorre na música brasileira é que essas composições são escritas para uma voz apenas. Então os cantores precisam fazer arranjos para o conjunto de vozes. Se não se conhece teoria músical e não se é perfeito em afinação o trabalho fica impossível.
Com conhecimento técnico também se pode improvisar na voz da mesma forma que os instrumentistas fazem. Todos conhecem a música, conhecem a harmonia perfeitamente, então cada cantor sabe que tipo de arranjos pode fazer mantendo a afinação.
Um ponto importantíssimo que faz a diferença em canto em grupo, as vozes tem que funcionar como um único instrumento. Basta pensar nas cordas de um violão, há uma afinação fixa para as cordas, e todas tem a mesma intensidade de som. Quando se troca apenas uma corda o som do conjunto fica estranho. Em um grupo as vozes, apesar de diferentes por sua identidade, tem que se combinar perfeitamente. Quando se canta em grupo todos os cantores se preocupam em modular suas vozes para que soem bem juntas e nenhuma se sobressaia, assim todas as vozes são ouvidas e apreciadas. Um exemplo disso são as interpretações nos duetos Tetê Espindola e Ney Matogrosso, e de Sérgio Reis e Almir Sater, em que um dos cantores mudou seu estilo comum para encaixar-se na voz do outro.
Veja também: Nossa história musical Clube da esquina
http://www.museudapessoa.net/clube/index.htm
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